Já recebi o que resultado da ressonância magnética ao joelho esquerdo. O tal que foi várias vezes maltratado durante a minha carreira de ciclista. Mas mesmo com uma série de quedas, nunca me tinha dado problemas de lesões de esforço. Até este ano. Desde uma aula de cycling, em Fevereiro, que senti alguma coisa dentro do joelho a ceder, que nunca mais ficou bom. Umas vezes melhora, outras piora. Cada vez que um médico me dava um diagnóstico, este era diferente. Começou por ser uma bursite, depois condropatia patelar (desgaste da cartilagem) e por último lesão nos meniscos. Mas agora que fiz a ressonância as dúvidas desapareceram.
Bem, e qual é a boa notícia nisto? É que a lesão não tem a ver com desgaste de cartilagem nem com meniscos. Situações que tornariam esta lesão crónica e de tratamento difícil. A médio-longo prazo seria complicado continuar a pedalar com a regularidade (e intensidade) que o faço agora.
Por outra lado, e aqui vem a primeira notícia má, as lesões que estão descritas neste relatório - liquido intra-articular provocado por edema medular e supressão de gordura nos côndios femorais, obrigam a uma paragem a curto prazo, por forma a tratar convenientemente deste joelho, para que a situação não agrave. E quando digo curto prazo, significa o mais rápido possível.
Mas ainda não mostrei esta ressonância a um médico, para ouvir a sentença de um entendido na matéria. Isto são só suposições minhas.
E agora a segunda notícia má.
Felizmente sempre fui um individuo saudável, uma constipação por inverno e pouco mais. Mas isto não me impediu de apanhar uns sustos ao longo da minha carreira como atleta. Quando tinha 18 anos, num exame de rotina, diz-me que eu não podia ser ciclista, porque o meu coração batia "muito pouco". Como se isto fosse mau. Enfim! Depois com 22 anos, tive um grave acidente, e mais uma vez deram como terminada a minha carreira. Enganaram-se mais uma vez. Aos meus 28 anos, apanhei uma virose que fez com que eu andasse sem forças durante meses. E por fim, aos 34 anos, conseguiram finalmente acabar com a minha carreira, com um exame ao coração que ainda estou para perceber bem o que aconteceu. Até me queriam colocar um pacemaker! Fiquei noites sem dormir, com medo de não acordar no dia seguinte, e tiraram-me a licença desportiva, para não competir mais. Todas estas histórias estão no meu livro (que pode ser encomendado AQUI »») O que é certo é que tenho agora 40 anos, e este ano já fiz 28 maratonas e sinto-me como se tivesse 25 anos :)
Uma outra história que foi revelada no meu livro, é do ano 1994. A minha segunda Volta a Portugal, tinha eu 24 anos, e já era considerado um candidato a ganhar essa Volta. Isto depois de ter feito 2º lugar na minha estreia em 1993. O grande candidato era Joaquim Gomes. A meio dessa Volta a Portugal - a Volta tinha 16 dias - tive um problema hemorroidal. Devido ao esforço físico intenso associado à herança genética da minha familia paterna. Nunca me tinha acontecido tal coisa. O problema era tão incomodativo, que cheguei a usar pensos higiénicos para amortecer as pancadas do selim. Cheguei a fazer metade das etapas e pedalar de pé, sem me sentar. Mas esse problema foi ocultado, só a minha equipa sabia. Fizemos bluff, para que os adversários não se apercebesse da minha fraqueza. Eu era o segundo classificado atrás do Joaquim Gomes. O que sofri nesses dias só eu sei!!
Depois desta experiência, nunca mais tive problemas desta natureza. Até esta semana! No treino de Domingo passado, que fiz 5 horas com várias subidas e uns picanços pelo meio. A hemorróida que me tinha dado problemas há 16 anos atrás voltou a chatear. No durissimo treino de rolos de terça-feira, agravei ainda mais a situação ao ponto de formar um coágulo de sangue do tamanho de um berlinde. Pedalar assim é muito sacrificante. Já fui medicado, e agora vou aguardar até terça-feira para ver se a medicação funciona. Se não funcionar terei que ir à faca. Desta forma a minha viagem ao Brasil, em Novembro, para participar na Maranbiker e na Claro Brasil Ride, está bastante comprometida! Só terça-feira saberei a sentença final. Se tiver que ir à faca para extrair este coágulo, terminarei a minha época de maratonas no dia 23 em Santarém . Depois disso irei para por 3 semanas para tratar de todas as mazelas que acumulei este ano. Se o problema ficar resolvido com a medicação e o joelho também não agravar, continuarei a relatar aqui a minha preparação para a tão desejada participação na Claro Brasil Ride e Maranbiker.
Gamito força ai! és um exemplo de superação. Os selins SMP são bons para o teu problema.(não reparei se já o usas).
ResponderEliminarAbraço
www.sellesmp.com
ResponderEliminarEstá-te a aparecer os problemas e lesões de quando eras um dos melhores (senão o melhor...) ciclistas portugueses da tua geração, mas isso é devido às tuas performances estarem altíssimas, e quem te vê a andar nas maratonas não diz a idade que o teu BI indica...
ResponderEliminarSe te quisesses dedicar 100% às maratonas de BTT eu não tenho a mínima dúvida que disputavas as vitórias à geral!
Um grande abraço e votos de que os problemas de saúde se resolvam rapidamente.
Carlos Miguel S. Coelho
Porra Mestre... Mas que raio de sorte?!?! Arra Gaita, Mas olha que dos fracos não reza a história, saberás tu melhor que ninguem o que é sofrer e depois saborear a conquista de uma vitória. Quanto aos selins SMP, na btt tenho um e por aqui que experimenta já não quer sentar o "nalguedo" em mais nenhum outro.
ResponderEliminarAbraço com toda a força... Força Mestre